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Dia dos professores: educação e a pandemia

Dia dos professores: educação e a pandemia

Confira a entrevista com o professor e diretor, Genilson Guenze

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Em homenagem ao dia dos professores, que aconteceu no último dia 15 de outubro, e ao dia mundial dos professores no dia 5 de outubro, hoje estamos com um convidado mais que especial. Genilson Guenze, professor de matemática e diretor do Colégio Universitário Mafrense.

 

Como você escolheu se tornar professor e como foi o início da sua carreira?

- Escolher ser professor, acredito, deve ser um dom. Logicamente o que me inspirava muito eram os professores que tive durante minha formação. Sem dúvidas, é o aliserce de querer ser professor. Eu confesso que quando comecei a cursar matemática, minha formação de origem, eu via como um diferencial para mim, não queria ser professor. Comecei um curso de licenciatura por ousadia. Já quando os estágios começaram, comecei a ver com outros olhos. Admito que hoje não me vejo fora da educação, acredito que tudo tem o seu tempo. Talvez isso no ensino médio não se desperte, talvez temos um professor referência mas sempre pensamos “será que vou conseguir ser um bom professor?”. Mas vamos conseguindo despertar situações, e a escolha vem no momento certo.

 

Quais foram as mudanças que você teve que se adaptar quando se tornou diretor?

- Sem dúvidas sair da sala de aula é uma situação que deixa o coração apertado, porque você vai deixar de passar o dia-a-dia com o aluno. Logicamente estou, mas num contexto geral. Tem seus pontos positivos também, sou professor de ensino fundamental II, ensino médio e curso superior. Na questão de gestão, tenho uma visão de todos os alunos da educação infantil até o ensino médio, ou seja, tenho um panorama geral da educação. Obviamente o ponto negativo de ter saído efetivamente do dia-a-dia na sala de aula, mas tem o contexto positivo de ter essa vivência de todos os níveis.

 

Como foi para você e para os outros professores se adaptarem à pandemia? Quais são os pontos positivos e negativos disso?

- Quando falamos em educação e pandemia, ficamos num contexto de insegurança, mas teve muitos pontos positivos. O Colégio Universitário Mafrense foi o pioneiro nas aulas remotas de Mafra e de toda a região. Fomos o primeiro colégio a começar as aulas de transmissão ao vivo, com interação direta da professor. Isso tudo porque nós somos um colégio universitário, inseridos na universidade. A Universidade do Contestado tem um vínculo com a Google for Education, e isso nos oportunizou de dar agilidade ao processo de implantação das aulas remotas. Nossos alunos não perderam nada do calendário escolar na quarentena. Logicamente, o ponto negativo é o convívio. Sabemos o quão importante é o convívio do aluno e do professor no dia-a-dia e a questão da saúde mental das crianças e dos jovens. Temos o ponto positivo de não termos perdido nada no quesito conhecimento, mas perdemos o convívio no ambiente escolar.

 

Qual mensagem motivadora você mandaria para os alunos enfrentarem esse período de pandemia?

- Nós já estamos com as aulas presenciais desde fevereiro. Fizemos a opção justamente pela condição que foi 2020. O que eu digo: Independentemente de quais forem as condições que você está na educação, seja ela presencial, remota ou híbrida, dedique-se sempre. A dedicação é o fator diferencial. Aproveite, irá ser seu alicerse para qualquer uma das profissões. Aproveite seus professores, usufrua! “Sugue” o máximo que os professores podem lhe dar de conhecimento. E aos professores e nossa equipe, dos quais intitulei ano passado de “Equipe de Ouro”, pois o Colégio Mafrense tem uma equipe diferenciada. Nesse dia dos professores, nossa “Equipe de Ouro” vai virar a “Liga da Educação”, pois todo colégio precisa de uma equipe de heróis! A educação é isso: ser heroí dia após dia, pois estamos lidando com o bem mais precioso de todos os pais, que são os seus filhos, e o alicerse que é a educação.

 

Qual seria sua dica para quem tem o desejo de se tornar professor no futuro?

- Hoje em dia, está muito escassso. Nós visualizamos que não são muitos alunos que buscam a licenciatura.  Percebemos que não tem um despertar significativo pela procura dessa profissão. Acredito que as novas gerações vem com esse foco de ser professor, pois sabemos que essa profissão forma todas as outras profissões, é um alicerse. Hoje tem a questão de muitos profissionais, seja da engenharia, da saúde, precisarem se tornar professores para formar novos profissionais. Ser professor é muito importante para o futuro. Desejo a todos os professores um feliz dia do professor e um abraço carinhoso aos alunos, ex-alunos e toda a comunidade que faz parte do Colégio Universitário Mafrense.

 

Confira o vídeo da entrevista abaixo: 

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