Giulia: Como é ser Papai Noel?

Ira: Se eu falar, ninguém vai acreditar. Eu comecei bastante cedo com a minha tia Lizete, ela fazia o São Nicolau sempre no dia 6 de dezembro, fazendo sua chegada.  Com os 14 anos eu já a ajudava, então ela me sugeriu que eu me vestisse de Papai Noel, e assim já vão se passando 43 anos que sou Papai Noel em Rio Mafra, fazendo a alegria de várias gerações de várias crianças das nossas duas cidades

Giulia: Qual a melhor parte de tudo isso?

Ira: É alegria, o sorriso da criança, a emoção dos mais idosos. É muito gratificante tudo isso para um Papai Noel.

Giulia: Quais são os pedidos mais comuns que você recebe das crianças?

Ira: Normalmente é aquela coisa do presente da época. Nós já tivemos várias décadas, com vários tipos de presente. A bicicleta já teve seu período onde era o pedido número 1, as bonecas, os carrinhos e agora o que tá na época não são mais essas coisas, são mais celulares e eletrônicos, hoje em dia todas as crianças são aficionadas por isso.

Giulia: Como está sendo o Natal durante a pandemia? Do que você sentiu mais falta?

Ira: Realmente mudou bastante, principalmente com a parte presencial do Papai Noel. Ano passado fizemos muitos vídeos e não pudemos estar próximos das crianças, o sentimento do Papai Noel é justamente isso. É aquele abraço, aquele beijo, aquele carinho na barba do próprio Papai Noel que as crianças gostam de fazer. Nós sentimos essa proximidade e a pandemia deixou isso um pouquinho de lado. Esse ano tá um pouco mais liberado, mas mesmo assim, com máscaras. Alguns lugares tem vidro separando, é dolorido ver as crianças passando a mãozinha por um buraco e segurando na mão do Papai Noel.

Giulia: Que mensagem você mandaria para os cidadãos e as crianças de Mafra e Região?

Ira: Precisamos praticar a empatia no dia a dia.  Gostar de nós mesmos assim como nós podemos gostar e fazer o bem para o outro. O Papai Noel diz assim:  que Jesus pede pra Papai Noel pedir dizer para as crianças e para as pessoas praticarem esse bem nos próximos 365 dias do ano vindouro, que é o principal ponto do Natal. Se você está ajudando alguém, praticando, fazendo o bem para alguém, isto é estar realmente fazendo o Natal e praticando o Natal.

Confira o vídeo da entrevista: