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Quem são 2 dos 8 presos em reunião neonazista em SC

Quem são 2 dos 8 presos em reunião neonazista em SC

Data de Publicação: 17 de novembro de 2022 11:26:00 Gaúcho e paranaense estavam em Santa Catarina para um encontro anual de neonazismo. O g1 não localizou a defesa dos presos.

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Apontados por integrar uma célula neonazista interestadual, dois dos oito homens presos no início desta semana em Santa Catarina já tiveram envolvimento com crimes contra a vida ligados a preconceito e a disputa de poder entre lideranças que seguem a mesma ideologia, segundo a Polícia Civil. O g1 SC não localizou os advogados da dupla até a última atualização desta matéria.

Dos presos com antecedentes, um é gaúcho e analista de TI e o outro é paranaense e personal trainer, informou a Polícia Civil. Laureano Vieira Toscani, do Rio Grande do Sul, foi condenado por tentativa de homicídio após atacar um grupo de judeus em Porto Alegre, em 2005. Ele cumpre pena em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, e também é réu pela tentativa de homicídio de um segurança negro em 2009.

Já João Guilherme Correa, do Paraná, é acusado de participar do duplo homicídio que vitimou um casal em 2009, na região metropolitana de Curitiba.

Toscani e Correa foram presos na segunda-feira (14) em uma operação sigilosa da Polícia Civil em São Pedro de Alcântara. Toscani usava tornozeleira eletrônica no momento da prisão.

Outros seis integrantes estavam com a dupla em um sítio na cidade: três gaúchos, um mineiro, um catarinense e um português que vive no Brasil. No local, ocorria uma reunião anual da célula. Os nomes dos demais não foram divulgados.

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que também acompanha o caso por meio de uma promotoria especializada no estado, o grupo age com forte exaltação à ideologia fascista e apologia ao nazismo. Detidos em flagrante, eles tiveram a prisão convertida em preventiva e respondem por associação criminosa e racismo.

De acordo com as investigações, os criminosos teriam escolhido o município catarinense por ser a primeira colônia alemã do estado, instalada em 1829. No sítio, foram encontradas revistas, panfletos e outros objetos com símbolos de grupos supremacistas.

Entre os presos, quatro são do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Paraná, um de Minas Gerais e um de Portugal.

 

É crime

A lei número 7.716/1989 define os crimes resultantes de preconceito. No parágrafo primeiro do artigo 20, ela aborda o nazismo.

Está escrito que é crime "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo".

 

Laureano Vieira Toscani

Quando foi preso, Laureano Vieira Toscani usava tornozeleira eletrônica decorrente de decisão cautelar por conta da condenação por tentativa de homicídio contra judeus na capital gaúcha.

Analista de TI e com quase duas décadas de atividade extremista, segundo a Polícia Civil, foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado após espancar, junto com outros homens, três pessoas que usavam quipás – pequeno chapéu usado por judeus.

Em 2009, Laureano foi preso por outra tentativa de homicídio motivada por racismo. Ele estava em um grupo que esfaqueou um segurança. O caso ainda não foi julgado e, segundo o advogado de defesa Jabs Paim Bandeira, o réu foi preso por engano na ocasião, durante uma confusão entre outros envolvidos e o segurança.

 

João Guilherme Correa

Já João Guilherme foi denunciado por duplo homicídio decorrente de uma disputa entre lideranças de células neonazistas no Paraná. O caso ainda não foi julgado. O g1 SC buscou a defesa dele sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização deste texto.

 

Fonte: G1 SC

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