Santa Catarina deve receber 984 doses de vacina contra a varíola dos macacos nesta terça-feira (14), segundo a Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica).

No país, a aplicação do imunizante começou nesta segunda (13). De acordo com o Ministério da Saúde, serão distribuídas 47 mil doses entre todos os estados e o Distrito Federal.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, nessa primeira fase terão prioridade pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, esse público-alvo inicial representa cerca de 16 mil pessoas.

Na pré-exposição, a orientação técnica é que sejam priorizadas pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA); homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses.

Também estão na lista profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvirus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.

Já na pós-exposição, ou seja, pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para varíola dos macacos, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Casos em SC

Segundo dados da Dive, atualizados até 4 de março, 461 casos da doença foram registrados no Estado. Florianópolis lidera o número de diagnósticos, com 175, seguida de Balneário Camboriú (58), São José (39) e Joinville (30).

Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, baixa energia e gânglios linfáticos inchados, seguidos ou acompanhados pelo desenvolvimento de erupção cutânea.

O Estado registrou uma morte por varíola dos macacos. A vítima é um homem de 23 anos, que estava internado desde 29 de setembro de 2022, no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis. Segundo a Dive/SC, o paciente apresentava imunodepressão, que agravou o quadro da doença.

‘Vacina viva’

O Ministério da Sapude classifica o imunizante como uma “vacina viva”. “Produzida a partir da cepa Vaccinia Ankara-Bavarian Nordic (MVA-BN) modificada, um orthopoxvírus atenuado e não replicante contra varíola e varíola de macaco, que induz respostas imunes humorais e celulares aos orthopoxvírus”, explica em nota.

De acordo com a pasta, o esquema vacinal será de duas doses (de 0,5 ml cada uma), com quatro semanas de intervalo (28 dias), para pessoas acima de 18 anos, sendo oferecidas de forma pré e pós-expositória para grupos determinados.

Fonte: ND+