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Como é a vida de um maquinista?

Data de Publicação: 19 de maio de 2023 16:07:00 Nossa conversa desta semana foi com o maquinista Jefferson José Camotti. Ele é morador de Apucarana, trabalha na Rumo a 20 anos e veio contar sua história na profissão, como se tornar um maquinista e muito mais!

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1. Jefferson, você pode nos contar como foi a sua trajetória para se tornar maquinista?

Tudo começou quando meu pai, que já é ferroviário a 43 anos, me despertou o interesse e entrei na Rumo com 20 anos, iniciei como manobrador e essa profissão me deu a oportunidade de seguir como maquinista. Iniciei a formação, passei por um estágio e já sou maquinista a mais de 17 anos agora.

 

2. Essa sempre foi a profissão que você quis ter?

Essa vontade despertou quando eu entrei na ferrovia, quando eu passei a ser ferroviário, até então eu não tinha essa ideia. Foi quando comecei como manobrador e via os maquinistas saindo com o trem que eu comecei a me apaixonar por aquilo, pensei que era aquilo mesmo que queria fazer da minha vida e graças a Deus estou fazendo até hoje e espero continuar por muito tempo.

 

3. Como faz para ingressar nesta carreira? Tem algum curso ou especialização que tem que ser feita?

O curso para se tornar maquinista é interno mesmo, a companhia que promove isso e dá oportunidade para a gente. Sempre tem oportunidades para seguir tanto a carreira de maquinista como outras funções de ferroviário na companhia.

 

4. Você pode compartilhar com a gente como é a sua rotina de trabalho?

Como eu moro em Apucarana, tem três trajetos que eu faço. É de Apucarana a Londrina, Apucarana a Maringá e Apucarana até a reserva, que é um ponto de troca que o trem segue até o sentido do porto. Então, por dia eu rodo em torno de 70 km a 180 km, que é o sentido sul, que é um pouquinho mais longe.

A empresa está sempre acompanhando, para uma jornada segura, tem todo o apoio, todo o respaldo, e meu dia a dia é esse.

 

5. Qual você diria que é a melhor parte de ser maquinista?

É satisfatório você fazer parte e transportar a carga que abastece portos e terminais, você ajuda a movimentar o país, você ser uma peça que ajuda e pode colaborar com isso é uma coisa muito satisfatória. Toda a parte ferroviária não pode ser esquecida, porque é suado, é satisfatório para todo mundo.

Tem muitas pessoas que nos acompanham no dia a dia, e quem está na ferrovia tem a paixão por aquilo mesmo. É satisfatório você chegar no final da sua jornada e ver que você cumpriu tudo com excelência, com segurança, chegar em casa e a família estar te esperando é muito bom, eu me sinto realizado.

 

6. Durante esses 17 anos como maquinista, você pode dizer o que mudou na condução dos trens?

Mudou bastante as locomotivas, agora tem uma grande capacidade de puxar mais vagões, distribuir melhor o peso, então isso melhorou bastante para nós, o conforto da cabine, os dispositivos de segurança que sempre tem que estar atualizados e sendo bem cuidado, por viajarmos sozinhos, a gente tem todo o aparato de segurança dentro da cabine locomotiva. Já vi muita melhora, e a cada dia tem uma inovação, a cada dia tem uma coisa nova e não para, sempre estão melhorando, sempre buscando melhorar.

 

7. Teve alguma situação incomum em algum momento da sua carreira que você possa compartilhar com a gente?

Tem muitos, mas marcante assim é você ver todo dia pessoas que são apaixonadas pela ferrovia, mas não trabalham na ferrovia. Principalmente em finais de semana, ou em feriado, pessoas e familiares vão próximo ao trem pra ver a gente passar, e isso é muito legal. Tem pessoas que se interessam muito, vem me perguntar como é a profissão e as vezes a pessoa sabe muita coisa. E é muito bom ver essas pessoas que apreciam o meu trabalho.

 

8. Para finalizar nossa conversa, pode deixar uma mensagem para quem está nos assistindo?

Vou deixar uma dica de segurança, para que o pessoal se atente mais aos sinais de “pare, olhe e escute”, prestar atenção na buzina, no sino da locomotiva, ficar sempre atento a isso para que não ocorra nenhum acidente. Pedestre também evitar de andar sobre a linha, só pessoas autorizadas podem andar no trilho. Nunca ficar próximo da linha, da ferrovia, ficar atento, porque são situações que se todo mundo parasse, respeitasse, com certeza muitos acidentes deixariam de acontecer. A Rumo sempre está investindo nisso, para termos um ambiente melhor e a população poderia contribuir para isso também.

 

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