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Mafrense vence Desafio de Açougueiros em São Paulo

Mafrense vence Desafio de Açougueiros em São Paulo

Data de Publicação: 7 de julho de 2023 15:54:00 Juliano Kohlbek foi o vencedor do 1º Desafio de Açougueiros da TecnoCarne 2023 e veio nos contar como foi seu início na profissão e sua experiência na competição.

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1. Como foi o início da sua carreira como açougueiro?

Eu comecei muito novo na carreira de açougueiro, eu comecei lavando bacias e fui evoluindo, já estou a 19 anos na profissão. É uma profissão bem gratificante, muito boa. Eu sempre quis seguir essa carreira.

 

2. Qual era o objetivo do desafio?

O objetivo do desafio era fazer uma corrente para a valorização dos açougueiros, então o Marcelo Bolinha idealizou esse desafio para valorizar a nossa profissão. Foi um desafio muito legal, teve seletivas por vídeo para a classificação na final, e talvez foi sorte ou mérito que eu cheguei na final e conseguimos ganhar o desafio, com um prêmio de R$5 mil.

 

3. Para você, como foi participar dessa competição?

Foi muito bom, porque eu cheguei lá e já estava contente com o 5º lugar, porque era o que a gente queria mostrar para o Brasil, que o açougueiro não é só aquele cara que fica atrás do balcão, é o cara que leva alegria para as famílias. Qualquer evento que você for comemorar sempre tem um churrasquinho, e as vezes o açougueiro não é valorizado por isso. Foi realmente muito gratificante ir lá participar, dá um nervosismo no começo, mas na hora a gente se acalma.

 

4. Você foi calmo durante o processo do desafio?

Sim, fui bem calmo. Eu pensei que estava trabalhando no açougue e precisava entregar um produto, e enquanto eu estava sossegado os outros estavam um pouco mais nervosos. A simplicidade é sempre o melhor.

 

5. Como você se sente podendo mostrar o teu trabalho para mais pessoas?

Eu me sinto grato, porque deu a oportunidade de mostrar às pessoas novas maneiras de lidar com a carne, aprender novos cortes, na hora ali de ver o sorriso das pessoas vendo a gente trabalhando é muito gratificante.

 

6. Você falou que você foi bem calmo e trabalhou com simplicidade com a carne, você acha que esses foram os teus maiores diferenciais rumo à vitória?

Sim, com certeza foi um dos diferenciais. Chegou um cara simples lá em São Paulo, com a fala meio atravessada, e eu quis trazer essa simplicidade para os cortes.

A carne ia para doação, e eu tinha vários ingredientes para fazer os enfeites e tempero, mas na hora eu pensei em não usar esses ingredientes, porque eu pensei no cliente final, para essa pessoa que receber poder dar o seu próprio toque àquela carne.

 

7. Você diria que essa profissão é mais do que apenas cortar carnes?

É bem mais, eu garanto que quem trabalha em açougue é por amor, e tem que ser um pouco louco também. Só estando atrás do balcão para ver como é legal. É muito mais do que uma profissão, é uma família. Eu tenho muito respeito por todos os açougueiros e açougueiras também, ainda se tem muito preconceito com isso, mas eu tenho muito orgulho de ver mulher atrás do balcão, isso representa muito, tem mulheres que bate de frente em muitos açougueiros homens.

 

8. Essa profissão, no geral, não é muito valorizada. O que você gostaria de falar para as pessoas sobre isso?

Para as pessoas, eu digo que valorizem o açougueiro, porque é ele que vai te fazer sorrir, ele que vai estar presente em várias ocasiões especiais que você vai ter. Por trás de um bom churrasco sempre tem um bom açougueiro. Nós somos o início de uma boa lembrança e de momentos que ficam eternizados.

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