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AMMA: Um Farol de Esperança para Vítimas de Violência Doméstica

AMMA: Um Farol de Esperança para Vítimas de Violência Doméstica

Data de Publicação: 29 de setembro de 2023 10:17:00 Nesta entrevista, a presidente da Associação Mafrense Mais Amor, Claudia Buss, comenta sobre seus planos para combater a violência doméstica, fala sobre os índices alarmantes de Mafra, e maneiras de buscar ajuda.

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1. O que é a AMMA?

A AMMA tem o objetivo de combater a violência doméstica. Ela surgiu há três anos, de uma iniciativa popular e nós criamos essa associação para que possamos somar, junto com as instituições que já trabalham nesse sentido.

A Polícia Militar tem a Rede Catarina que já trabalha com isso, tem a Patrulha Maria da Penha também, temos a Polícia Civil Por Elas, todas com esse objetivo de combater a violência doméstica. As Soroptimistas também trabalham nesse sentido.

Os números são bem alarmantes, para aqueles que dizem que Mafra não tem isso, eu não sei onde vocês colhem os dados e não sei de onde vocês tiram isso.

 

2. Quais seriam os principais serviços e programas que a associação oferece para as vítimas de violência doméstica?

Como eu assumi agora em setembro, eu estou fazendo todo um planejamento para o ano que vem, mas essa presidência anterior, ela conseguiu fazer com que a AMMA fosse de utilidade pública, e isso já é um grande passo.

Hoje, a prefeitura de Mafra já está com um projeto pronto para fazer uma casa de abrigo para as mulheres que sofrem violência doméstica.

 

3. Como presidente, quais as suas propostas para ajudar as mulheres nessa causa?

A AMMA, sob minha presidência, tem a intenção de que a gente possa somar esforços junto com as instituições já presentes, e que possa combater a violência doméstica. Ano que vem nós queremos fazer palestras nas escolas, nas instituições, para que possamos diminuir essa violência e buscar recursos para essas entidades porque hoje, por exemplo, o Conselho Municipal da Mulher não tem verba, então, essa vai ser uma das nossas lutas para o ano que vem.

 

4. Como a população pode colaborar com a AMMA nessa causa?

A AMMA vai servir para ser um canal de informação e conscientização. Nós já temos página, já temos Instagram, e queremos fazer também um podcast para levar mais informações à essas mulheres, crianças e jovens que sofrem violência doméstica.

 

5. Você poderia compartilhar alguma história de sucesso que a organização teve em vidas de pessoas atendidas?

A Associação Mafrense Mais Amor se tornou de utilidade pública recentemente, mas eu posso falar da minha história. Eu fui criadora da Procuradoria da Mulher na Câmara de Vereadores de Mafra e fiz com que o Conselho Municipal da Mulher fosse reativado. Essa já é uma luta que eu tenho há mais de 10 anos, e eu acredito que por empatia e solidariedade às outras mulheres, todas nós devemos nos unir e vir nesse combate à violência doméstica.

 

6. Como as pessoas que precisam de auxílio podem pedir ajuda?

Nós temos a Rede Catarina, a Polícia Civil Por Elas, o CREAS também absorve bastante dessa demanda, e nós da AMMA também temos uma página no Instagram e no Facebook que as pessoas podem entrar em contato. Também é possível ligar para o 180, que é a Central de Atendimento à Mulher.

 

7. Quais são os índices de violência doméstica em Mafra?

Num geral, muitas mulheres não vão fazer o boletim de ocorrência, mas hoje, a polícia militar tem 105 medidas protetivas. Número bem expressivo para Mafra.

 

8. Pode deixar uma mensagem aos nossos leitores!

Nós da AMMA estamos à disposição e lutando para que a gente possa diminuir a violência doméstica, que como eu já disse, ela aumentou nesse último ano de 2022.

Eu gostaria de dizer também, que algumas pessoas falam em lei João da Penha, e querem alguma medida para quando um homem apanha. Gente, tem lei para quando as pessoas apanham, tem B.O para fazer, nós estamos falando da violência doméstica, da violência contra a mulher dentro da sua casa. E é importante que as pessoas também saibam que não é só entre marido e mulher, tem a irmã que apanha, a mãe, então não é só entre casais.

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