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Reconstruindo a Vida: A Jornada de Sirley no Combate ao Câncer de Mama

Reconstruindo a Vida: A Jornada de Sirley no Combate ao Câncer de Mama

Data de Publicação: 13 de outubro de 2023 14:20:00 Sirley do Rocio de Miranda conta quais foram seus obstáculos na luta contra o câncer de mama e motiva as mulheres a buscarem o diagnóstico precoce.

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Por: Fernanda Assumpção

1. Nos conte sobre você e como você descobriu o câncer de mama.

Eu descobri o câncer em 2020. No meu segundo dia de trabalho me acidentei de moto e fiquei uns meses de atestado. Nisso, a minha gerente falou para eu fazer um exame de rotina e acabei fazendo uma mamografia. Nessa mamografia deu um câncer de mama, então logo comecei o tratamento em São Bento, comecei as quimioterapias, fiz radiação, retirei a mama inteira.

Se eu tivesse feito antes o exame de mamografia, talvez não precisasse ter tirado a mama. Esse acidente foi uma forma de eu ver que estava com o câncer.

Fiz o tratamento, e depois de um ano eu já estava pronta para trabalhar, estava animada que ia voltar, e fui fazer um exame de rotina e apareceu o câncer na outra mama. Começou o processo tudo de novo, o tratamento, tive que retirar a outra mama também, fiz uma reconstrução só que deu problemas, tive que tirar a prótese e ainda estou fazendo tratamento porque está um buraco ali ainda.

Esses 3 anos foram uma vitória, porque mesmo que eu fizesse exame de rotina, eu consegui encontrar a tempo de tratar o câncer. O exame de rotina é extremamente importante, até as minhas filhas, uma de 30 e outra de 26, estão fazendo mamografia, porque é bom para prevenir e começar o tratamento logo.

 

2. Como você lidou com o diagnóstico e com a retirada da mama?

Não foi fácil lidar com o tratamento, mas eu digo para as mulheres que tem câncer que de 95% da cura vem da gente, da força de vontade. Para eu fazer a reconstrução, claro que toda mulher quer fazer, envolve a vaidade, envolve o nosso corpo. Eu fiz uma reconstrução, mas como falei anteriormente, não deu certo, mas eu ainda quero fazer de novo, porque é importante a gente se cuidar, e a autoestima também fica melhor.

 

3. Como você lidou com as questões de autoestima durante o tratamento?

Foi bem difícil ficar careca. O cabelo caía demais e ficar careca é uma coisa que te da muita tristeza. Eu me abalei bastante, mas a gente vai superando e acho que o cabelo não me afetou tanto quanto a retirada das mamas, acho que a pior parte foi a retirada das mamas.

 

4. Além de todas as dificuldades que você citou, quais outras partes da sua vida foram afetadas?

A questão financeira foi bem difícil. O meu marido trabalha, mas só ele em casa não dá conta. O INSS não me pagava, eu fiquei um ano sem receber, tive que entrar na justiça para me pagarem.

O GIRO me apoiou muito em tudo, eles são como uma família e até com alimentos, remédios, cobertores, visitas, sempre foram lá ver o que a gente estava precisando. Muitas mulheres não sabem que tem o GIRO, mas ele está lá para ajudar, não só para o câncer de mama como para os outros cânceres.

 

5. Que mensagem ou conselho você gostaria de compartilhar com outras mulheres que estão enfrentando desafios semelhantes aos seus?

Para as mulheres que estão enfrentando isso, eu quero passar a mensagem de que em primeiro lugar vocês devem ter fé em Deus, porque ele pode todas as coisas. Por mais difícil que seja, você consegue, não pode desanimar, tem que pedir bastante ajuda em Deus, ter muita coragem, se esforçar e se ajudar. Deus é o médico dos médicos, e para tudo tem jeito, a medicina está muito evoluída e elas vão conseguir, assim como eu consegui.

 

 

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