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Há 47 anos moradora de Rio Negro, conta como era a vida antigamente no município

Há 47 anos moradora de Rio Negro, conta como era a vida antigamente no município

Pessoas e culturas diferentes chegaram para tornar o município que é hoje. São 150 anos de história completados neste dia 15 de novembro.

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Em 1870 o município de Rio Negro conquistava sua emancipação e iniciava seu primeiro ano de aniversário. E agora, neste dia 15 de novembro de 2020 completa seus 150 anos de história. Muita coisa mudou desde aquela época pessoas e culturas diferentes chegaram para tornar o município que é hoje. E, para conversarmos sobre como era viver em Rio Negro antigamente e como é hoje, convidamos para uma entrevista a moradora Dra. Irmeli Melz Nardes, Confira!

Há 47 anos morando em Rio Negro Dra Irmeli Melz Nardes, que é advogada na cidade, conta que chegou ao município acompanhada de seu marido José Valmor Ribeiro Nardes, “quem me trouxe para Rio Negro foi o 5º RCC, acompanhando de meu marido que era militar deste Regimento na época.” A ideia deles, era ficar apenas três anos e voltar para o Rio Grande do Sul de onde vieram, “mas pouco tempo depois que chegamos já abandonamos esta ideia, pois elegemos Rio Negro como nosso novo lar”, disse Dra Irmeli.

Na chegada ao município ela como outras famílias militares que vieram, encontraram algumas dificuldades “falta de moradia, comércio limitado, corpo clínico reduzido, pouca opção de supermercados. Por exemplo era muito comum ir a Curitiba fazer compras”, relatou. Já, atualmente ela ressalta que tudo está mudado em relação àquela época “temos tudo aqui: temos comércio abundante, os melhores supermercados da região, clínicas médicas das mais diversas especialidades, serviço público de saúde bastante eficiente, mais ruas pavimentadas, mais urbanizada, ginásios de esportes, bonitas praças e uma das mais bonitas Prefeituras”.

Uma das coisas que dona Irmeli diz sentir falta de como era a vida em Rio Negro antigamente é como as pessoas conviviam entre si “sinto falta das pessoas a pé pelas ruas, das conversas nas esquinas, do passeio pela praça, das visitas nas casas dos vizinhos e amigos”,  para ela, a tecnologia afastou as pessoas umas das outras “não se tem mais tempo para isso, a televisão, o whatsApp e as redes sociais nos afastaram do convívio frente a frente. Mas isto é sinal dos tempos que não voltam mais” disse.

Porém como moradora de Rio Negro há muitos anos, ela não deixa de dizer os pontos positivos de se viver na cidade “é uma cidade bonita, organizada, limpa, tem clima ameno, fica próxima da Capital, do litoral, e de belas cidades de Santa Catarina. O povo é particularmente amistoso, gosta do trabalho, é religioso, de vida simples e ordeira. Gosto muito dos costumes e tradições trazidos pelos diversos grupos de imigrantes, que foram incorporados pela população e fazem um certo diferencial na maneira de ser, se comparados com outras cidades.”

Muitas experiências vividas, muitos momentos que marcaram a vida de Dra Irmeli, mas ela tem dois em especial guardados com muito carinho em sua memória “quando meu marido José Valmor Ribeiro Nardes, de saudosa memória e eu, fomos condecorados com  o Título de  Cidadãos Honorários de Rio Negro, numa belíssima cerimônia da Câmara Municipal de Vereadores e do Executivo Municipal de Rio Negro, no aniversário do município em 2015 e recentemente, quando no falecimento do meu marido, o decreto de luto oficial por três dias e as muitas homenagens que lhe foram prestadas no seu enterro”, Irmeli diz se emocionar até hoje quando recorda desses momentos vividos em Rio Negro.

Como homenagem a moradora deixa sua mensagem de carinho ao município e a todos que como ela viveram e vivem bons momentos na cidade Parabéns Rio Negro. Parabéns povo rionegrense, gente de bem, honesta e batalhadora. Não podemos comemorar adequadamente estes 150 anos, mas Rio Negro estará de olhos voltados para o futuro, com fé, solidariedade e trabalho na busca de dias melhores para todos”, finalizou.

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