Português (Brasil)

Secretária da Educação de Mafra fala sobre a primeira semana de volta às aulas

Secretária da Educação de Mafra fala sobre a primeira semana de volta às aulas

Data de Publicação: 26 de fevereiro de 2021 16:20:00 Em entrevista a secretária de educação Jamine comenta que a adesão da volta as aulas está sendo muito boa e pede a parceria de toda a comunidade

Compartilhe este conteúdo:

Por Aline Cardoso

As aulas da rede municipal de Mafra tiveram início no dia 18 de fevereiro. Professores, pais, alunos e todo o corpo escolar passam por adaptações nesse primeiro momento. Para explicar como tudo está acontecendo já nessas primeiras semanas de aulas convidamos para uma entrevista a Secretária Municipal de Educação de Mafra Jamine Emmanuelle Henning. Confira!

Secretária Municipal de Educação de Mafra Jamine Emmanuelle Henning

Entrevista realizada em 24/02. Os dados apresentados podem estar sujeitos a mudanças conforme alguma alteração em decreto municipal. 

- Nessa primeira semana da volta das escolas da rede municipal de Mafra você já tem recebido um feed back de como está sendo se adaptar aos novos métodos de aulas? Como as escolas, pais e alunos tem reagido a essa nova realidade?

Sim. Eu estou desde o dia 18 de fevereiro acompanhando e toda nossa equipe está dividida nas escolas dando um suporte, orientando e fazendo os últimos ajustes para que esse retorno fosse o mais correto possível dentro dos protocolos. Nessa visita nas escolas eu estou acompanhando um comprometimento enorme de toda a equipe e os cuidados estão sendo muito grandes. Inclusive nós temos relatos de alunos de como a escola está em relação aos protocolos e pais também comentando com a gente de que estamos com cuidados muito além do que eles em casa. Esse feed back que queríamos, que a comunidade, professores e alunos percebessem a necessidade urgente desse cuidado para que nós tenhamos um sucesso nesse retorno. Afinal, estamos quase um ano parados, fazendo atividades quinzenais com os alunos e fazendo atividades somente remotas. Sabemos que a qualidade não é mesma. Muitos alunos têm dificuldades e eles precisam dessa aproximação com a escola.

- E em relação ao transporte, como que está funcionando?

Temos a nossa frota, e também para suprir toda essa necessidade pois sabemos que a nossa cidade é grande em termo de território temos também frotas terceirizadas que fazem esse trabalho com a gente. O transporte também está seguindo a orientação do estado em relação aos cuidados da saúde. Estávamos iniciando o ano com a necessidade de ocupar 50% e uns dias antes de retornar as aulas recebemos um outro decreto que poderíamos ocupar 70% mas mesmo assim continuamos com os 50% para ter uma precaução a mais. Nossa equipe está muito orientada a fazer a higienização e a aferição da temperatura já na entrada do ônibus. Em ônibus que tem mais de uma porta, temos monitor, o motorista está também nos ajudando. Caso aconteça já na entrada do ônibus de o aluno estiver com a temperatura elevada temos um protocolo de encaminhamento a tenda da covid-19. Para que tenhamos a certeza e descartar totalmente o que pode acontecer. Por precaução, pedimos para os pais acompanharem essa criança até o ponto de ônibus porque se caso aconteça essa situação o pai já pega o protocolo e eles já são encaminhados a tenda  e só poderá retornar quando estiver com esse protocolo carimbado e assinado como negativo. Na porta das escolas é mesma situação.

- As escolas tem recebido a maioria dos alunos de forma presencial ou está mais dividido entre os outro modelos de aulas? Está sendo da forma como vocês esperavam esse retorno as aulas?

Nós colocamos muito as famílias como parceiras. No fundamental, somente se eles sentissem seguros para voltar, o aluno fica uma semana na escola e uma semana em casa, nosso sistema híbrido. Já se a família não se sentiu segura, ela pode ficar totalmente em aulas remotas. O ensino é exatamente o mesmo, o professor faz um vídeo e repassa. Mas quem está no sistema híbrido está agregando cada vez mais. Porém fica a critério da família. Na educação infantil como nós oferecíamos atendimento o dia todo começamos com 50% desse atendimento. A família pode escolher entre manhã ou tarde. Em termos de adesão estamos muito bem, as famílias se sentiram muito seguras. Isso é uma responsabilidade para nós mas ao mesmo tempo é uma felicidade porque eles perceberam que nós estamos tendo um cuidado além do normal.

- Em relação as aulas remotas, como que está funcionando e sendo monitorada pelos professores?

Nós temos uma realidade em nosso município que nem todos tem acesso a internet. No ano passado era feito grupos no WhatsApp e disponibilizava-se o material. Algumas escolas nesse início até a transição estão adotando esse sistema, mas, o nosso modelo é: nas escolas existem aqueles alunos que não tem celular nem computador por isso existem uma quantidade de tabletes. Já na matricula do aluno as escolas fizeram a pesquisa do que os pais tem em casa, qual tecnologia que tem e caso não tenha nenhuma será disponibilizado mediante termo esse tablete. Por que além do material digital disponibilizado pelo professor eles estão preparando vídeos explicativos. A gente sabe que muitos alunos precisam desse visual e auditivo para complementar, então esses vídeos serão disponibilizados no tablete para que ele leve para casa.

- Houve alguma resistência por parte de professores, diretores a respeitos dos protocolos a serem seguidos?

Resistência propriamente dita não, pois todos os profissionais estão conscientes. As vezes algumas situações de esquecer do distanciamento, mas com chamadas de atenção sempre que acontece. Eu digo que é um novo começo em que após quase um ano todas as pessoas estão se reeducando. Está havendo monitoramento integral, chamadas de atenção em relação ao distanciamento porém o uso de máscara, álcool em gel e todo o protocolo está tendo uma grande adesão de todas as escolas. Estamos bem felizes.

- Na última semana você esteve passando pelas escolas para acompanhar como cada uma estava se preparando para a chegada dos alunos. Como foram as visitas, todas estavam corretas, de que forma cada escola estava se organizando? Em relação ao protocolo que cada uma deve seguir, reforça para a gente mais uma vez secretária Jamine.

Em cada escola a gente encontra um diferencial e que nós já divulgamos para as outras para contribuir. Todas as escolas estão organizadas mas diante de um particularidade eles se reinventam. Nós sabemos que existe o PlanCon que é o Plano de Contingência mas cada escola dentro da sua realidade se adapta. Não é um documento pronto e acabado, é diariamente revisado e implementado mais alguma ações que precisam da nossa atenção. Nós sabemos que os números têm aumentado cada dia mais, felizmente esse números não têm afetado a nossa faixa etária que são as crianças. Mas vou pedir uma atenção e comprometimento muito grande das famílias. Pois, nos fins de semana a gente ainda encontra aglomerações de crianças em espaços da nossa cidade o que pode prejudicar.  O cuidado tem que ter. A pandemia não acabou, muito pelo contrário. Precisamos muito da parceria da nossa comunidade para cuidar dessas crianças no horário que elas não estão na escola. Na escola estão tendo todo cuidado de distanciamento, higiene na alimentação, materiais, tudo.

- Gostaria de deixar alguma mensagem final aos nossos leitores?

Quero agradecer a confiança dessas famílias por estarem voltando, alguns ainda com um pouco de insegurança, mas já estão retornando também. Vocês podem confiar, nós estamos tendo todo o cuidado. Agradeço a toda nossa equipe também, todos os nossos professores que estão com um trabalho maravilhoso, pensando na aprendizagem, no resgate, pois tivemos um ano prejudicado. Eles estão redobrando as atividades e o reforço e isso é muito importante. Quero então pedir a parceria da comunidade em estar divulgando ao máximo a informação de que precisamos cuidar não somente na escola mas em todo momento.

Confira a entrevista em vídeo: 

Compartilhe este conteúdo: