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Secretária da Saúde de Rio Negro, atualiza situação do município em relação a pandemia e vacinas

Secretária da Saúde de Rio Negro, atualiza situação do município em relação a pandemia e vacinas

Data de Publicação: 25 de junho de 2021 11:04:00 “A real situação é de muitos pacientes, muitos debilitados, pacientes com rebaixamento do quadro clínico e com essa instabilidade constante. Então, é realmente um dos momentos mais preocupantes desse período de pandemia” – relatou Simone Gondro, Secretária Municipal da Saúde de Rio Negro

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A secretária municipal da saúde, Simone Gondro, em entrevista a nossa reportagem falou sobre a atual situação de Rio Negro, a respeito das vacinas contra covid-19 e aos casos da doença que segundo ela vem diminuindo, mas ainda não é uma queda significativa. A expectativa de acordo com o estado do Paraná é que entre os meses de setembro e outubro deste ano todos com a faixa etária acima dos 18 anos de idade sejam vacinados conforme a chegada das vacinas. Confira a entrevista a seguir:

Por Aline Cardoso

- Para termos um panorama atualizado, qual a situação atual do município de Rio Negro em relação a covid-19

É diferente daquilo que nós tínhamos em mente. Esse ano, pensamos que apenas seria uma história para contar. De toda essa situação vivida pela pandemia no ano passado nós já estamos nesse ano muito mais em uma situação atípica, uma situação de risco em relação a pandemia do que naquele momento onde tudo era novidade em relação a doença. Os nossos números, apesar desses últimos dias, ter tido uma queda visível, não é uma queda significativa. Nós estamos vivendo um alto índice de contaminação dentro do município de Rio Negro, não só dentro do município, mas também nos municípios vizinhos e também dentro de todos os outros municípios do estado do Paraná. Eles chamam de terceira onda, mas na verdade nós já não sabemos mais que tipo de situação e como mensurar ou nominar. Realmente é um momento bem atípico, muitos casos positivos, casos positivos graves e de pacientes jovens, o que nos deixa num estado de alerta constante. A real situação é de muitos pacientes, muitos debilitados, pacientes com rebaixamento do quadro clínico e com essa instabilidade constante. Então, é realmente um dos momentos mais preocupantes desse período de pandemia.

- Como que está funcionando a chegada das vacinas no município? Quais são elas?

Em janeiro desse ano recebemos o primeiro número de doses da vacina Coronavac, em que o grupo prioritário, os profissionais de saúde, e de linha de frente, foram vacinados. Depois nós fomos recebendo mais vacinas que eram para grupos específicos: idosos da faixa etária, e gradativamente fomos descendo a faixa etária e contemplando outros grupos também. Então, desde essa data, nós estamos com uma equipe que foi treinada, exclusivamente para esse atendimento, a equipe da base da covid. Nós montamos toda uma logística, e também o próprio local aonde essa vacina é disponibilizada para população, junto com a Secretaria de Esportes. Nessa semana chegamos já no grupo de 52 e 53 anos, e nesta quinta-feira (24), já colocamos a disposição para as nossas gestantes e puérperas. Dependendo da vacina, nós temos a situação de repetir a dosagem, então aí já entra um grupo para ser vacinado também. Estamos no aguardo de novas doses.

- Como que está sendo o andamento das vacinas?

Nós recebemos, em média, por semana, 450 doses de vacinas. Primeiramente, como eu falei, recebemos a vacina da coronavac, algumas doses da Oxford, poucas doses. Essa semana nós recebemos 372 da vacina da Pfizer, as quais foram utilizadas no mutirão de vacinação desta quarta – feira (23) que nós realizamos e fechamos 312 doses de vacinas aplicadas. Realmente foi um sucesso. Agora estamos na expectativa de novas doses.

Inclusive, estamos numa militância, junto ao nosso executivo com a regional de saúde, com a Secretaria de Saúde do estado do Paraná, para que os municípios aqui da região possam receber mais doses de vacinas porque em um cálculo e numa planilha os municípios dessa região acabaram recebendo um pouco menos do que do litoral. Então há uma discussão inclusive com o Estado a respeito dessa situação.

O nosso Prefeito se manifestou formalmente a esses órgãos para que nós recebêssemos essa compensação de doses e pudéssemos assim baixar a faixa etária e todos os grupos.

O estado do Paraná recebe nesta quinta-feira (24) em torno de 400 mil doses de vacinas, e provavelmente a logística, de distribuição acontece nesta sexta-feira (25), e sábado (26). Então, a nossa previsão, se chegar a vacina é fazermos esse sábado, o mutirão contemplando o próximo grupo com as doses que chegam. Caso nós não recebermos na data esperada, vamos fazer essa ação no domingo se no sábado for disponibilizado pelo estado. Então, dentro da semana, todas as doses que chegam não são devidamente aplicadas. A nossa meta é não manter vacinas em geladeira. A única vacina que deve ser mantida na geladeira é a vacina da segunda dose, porque nós temos também essa garantia, nós seguimos a risca o Plano Nacional de Imunização e o Plano Estadual, que é o PNI e a norma é essa, não se vacina pacientes de primeira dose com segundas doses. Então, nós seguimos a risca. A população que já recebeu a sua primeira dose, tem essa garantia de receber a segunda dose dentro do prazo, o qual foi colocado na sua carteirinha na sua vacinação.

- Tem alguma previsão esperada até que o município vacine todos acima de 18 anos?

Nós temos um calendário do estado do Paraná que foi divulgado recentemente, que seguimos à risca. Esse plano de vacinação e segundo esse calendário final seria no mês de setembro ou outubro. Então, estamos no aguardo. É óbvio que nós não temos uma garantia, porque, como eu disse, a própria secretaria só sabe a quantidade de vacinas que vai receber quando essas são divulgadas e colocadas à disposição dos secretários. Então, nós estamos bem esperançosos com esse calendário. Que realmente, o calendário que foi divulgado pelo estado seja assim, devidamente cumprido e que nós possamos vacinar a nossa população nessa faixa etária de dezoito anos até setembro, início do outubro.

- Em relação as pessoas que possuem alguma comorbidade, e ainda não se vacinaram será necessário estar fazendo algum cadastro, como vai funcionar?

Nesse momento, não há esse cadastro. Nós tivemos quatro oportunidades para que o paciente com comorbidade, fossem contemplados com a dose de vacina, e se por ventura você mantém ainda esse grupo, não conseguimos avançar nos próximos grupos. Aquela pessoa, que não tomou a dose da vacina nesse grupo de comorbidades, vai receber por idade. Então assim, a nossa meta é avançar.

- Para as pessoas que já se vacinaram com a primeira dose e as que se vacinaram com as duas doses, qual a recomendação em relação ao vírus?

O apelo é não relaxar as medidas de segurança. A utilização da máscara, nunca pode ser deixada de lado, ela é um acessório permanente, vemos assim, porque ela, realmente, protege, é um item de segurança 100% eficaz e precisa ainda ser mantida. A vacina talvez não seja tão eficaz, ainda está em estudo. É muito importante esse cuidado, é um cuidado básico, mas é um cuidado necessário. Higienização das mãos com água e sabão, com o álcool, o distanciamento, não é momento de fazer festas e nenhuma situação social. Esse cuidado é tão simples, mas ele é um cuidado que sim, pode poupar uma vida e evitar esses desdobramentos do internamento quando o paciente entra numa situação de risco. Como um rebaixamento de do quadro de saúde, e a utilização de leitos de UTI, muitos pacientes ainda a beira de uma vaga em um leito de UTI. E fé é óbvio. Esse momento é seguir as normas, aquele que tomou a primeira dose, não deixar de comparecer no dia da sua segunda dose, porque você recebeu uma parte só da imunização e você precisa complementa. É importantíssimo para garantir a qualidade da imunização que foi recebida. E mais importante também, repassando para população, a vacina, ela não vai te deixar imune ao vírus, ela diminui os efeitos colaterais dessa doença, e ela ameniza esse processo da doença, aquele que não tomou a vacina, fica mais predisposto a ter uma situação de risco maior.

Assita a entrevista em nosso canal no youtube: 

 

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