Por diversas vezes, quando vemos um colaborador ou familiar fazendo algo errado, logo apontamos o dedo e falamos sem pensar, criando desta forma intrigas e desavenças, perdendo bons colaboradores e até gerando brigas familiares. Mesmo que o intuito seja bom, querendo melhorar algo errado, a forma como falamos, julgando e apontando os erros, parecem não dar resultados. Acontece que a situação fica ainda pior, devido ao atrito gerado. Algumas pessoas (ou talvez a maioria) não tem resistência emocional nem resiliência pra passar por cima e continuar dando resultados normalmente.

A falta de conversa faz até mesmo um filho escolher más companhias, com maus hábitos, ao invés da própria família.

Certa vez eu fui visitar uma joalheira juntamente com meu pai. Ao chegar lá, a loja estava cheia de clientes e uma atendente passou álcool no balcão de mármore italiano. O dono da loja esbravejou em voz alta: não é para passar álcool aí, sua burra! Todos que estavam lá ficaram atônitos com vergonha alheia. Logo, esta funcionária pediu as contas e processou a empresa.

Seria bem melhor se ele tivesse a sabedoria de perguntar em separado e em voz baixa para não constrange-la, o que ela estava fazendo e demonstrar a forma correta. Provavelmente ela teria agradecido ele por ter ensinado algo novo e tudo teria acontecido de forma diferente.

Ainda que você queira fazer doer um pouco, conduza com perguntas, afinal, dói mais quando a pessoa tem que tirar as respostas de dentro de si, do que quando alguém aponta o dedo.

Pense nisso. 

Um nobre abraço!